terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Algo Sobre a Educação no Brasil

Um invento fora de sua época


         Engraçado perceber a visão das pessoas sobre a evolução do mundo em todos os sentidos. As expressões feitas pelas pessoas quando são surpreendidas por alguma novidade é algo pra se observar e estudar. Quem já não ficou surpreso por um novo modelo de celular que faz algo que até a uma hora atrás seria impossível e inimaginável? Quem nunca ficou admirado com a tecnologia do carro novo do vizinho, chega a estacionar sozinho, pode? Ou então até mais simples, relógios, canetas e botões que filmam e ouvem conversas discretamente? Eles não serviam pra isso antigamente e isso só existia em desenhos animados e filmes do 007. E assim caminhamos, sendo surpreendidos constantemente com a capacidade do ser humano de evoluir seu mundo, fazendo isso de forma proposital, buscando conforto, como dizem, buscando salvar sua espécie, salvar seu ambiente, enfim, evoluindo.
           Comparar o mundo atual com o mundo de 20 anos atrás parece até uma comparação covarde com a vida de dois povos que vivem em mundos diferentes, mas, é impossível pra quem viveu os vinte, ou mais, anos atrás entrar em alguns ambientes atuais e não ser remetido a essa comparação com esse mesmo ambiente em outros tempos.
             Podemos lembrar que com suas fantásticas máquinas de escrever e seus ultramodernos carimbos que permitiam as trocas das letras e números para determinado registro, funcionários com suas belas canetas importadas da Alemanha para uma melhor escrita nos cadernos de registros, e os incríveis e silenciosos ventiladores, de teto, para que os vários papéis não “voassem” de suas mesas deixavam boquiabertos os clientes dos anos 70, 80, 90 nas agências bancárias, hoje em dia com um simples toque na tela de um computador disponível a quem quer que seja em um ambiente climatizado ou, com alguns cliques no celular conseguimos movimentar nossa conta e até realizar compras, tamanha a evolução conseguida para se conquistar mais e mais a atenção e confiança de quem precisa desses serviços. E por falar em compras, pra quem entra hoje em um supermercado e vê as enormes filas que tanto irritam pela demora pois a moça do caixa não consegue “passar” o produto em um leitor de código de barras com mais velocidade, nem pensa em comparar aquela situação com a de décadas atrás quando teríamos que esperar que os valores fossem digitados nas incríveis, modernas e barulhentas máquinas registradoras dos anos 80. Enfim, a modernidade vai nos “assustando” e depois nos deixa acomodados e acostumados a sempre querer algo novo e mais evoluído do que temos atualmente.
             Foi por esse motivo que, segundo uma pesquisa nem tanto complexa que fiz, encontrei James Pillans como um dos maiores homens da história além de ser um dos criadores mais fantásticos de que se possa imaginar. James criou algo muito antes de seu tempo, algo que pelo que podemos ver, foi criado décadas ou até séculos antes do que se estava previsto. Por volta do século XVIII, James para ensinar geografia, inventou uma ferramenta muito além da imaginação de quem quer que vivesse naquele período. Ao entrarem em sua sala de aulas, os alunos se depararam com algo pendurado na parede que mais parecia um quadro sem figura ou informação alguma, e eis que para o espanto de todos, James, com sua incrível ferramenta, criava obras e mais obras, apagando e recriando quando lhe fosse conveniente. Incrível demais para seu tempo, já que nesse caso, feitas as comparações, não encontramos mudança nos períodos em questão. Seria James um viajante do tempo que veio até o nosso período e “roubou” a nossa tão moderna invenção, pois o ambiente não parece diferente do atual. Se foi um “roubo” de invento de outra época, James criou também algo que ainda não conhecemos, a máquina do tempo, esta, pelo menos até hoje, ainda não foi divulgada se por acaso já existir. Será? Ficaremos nessa confusão de períodos, já que nunca saberemos sobre os efeitos dessa antecipação de James em nossas escolas. Não encontramos evolução simplesmente porque o giz branco deveria ter sido inventado “hoje”. Assim os alunos de dez, vinte, trinta (ou até muito mais anos atrás) deveriam mostrar seu espanto com essa nova tecnologia, pois é isso que acontece em todos os outros ambientes que conhecemos e dos quais dependemos para nossa evolução.

Quando encontraremos “tecnologia” no lugar onde ela mais deveria existir?


por Murilo Robert

Nenhum comentário: